O horário de verão



A adoção do horário de verão brasileiro costuma levantar as mesmas questões todos os anos. A economia de energia realmente justifica os transtornos causados à população? Afinal, por que são adotados? E quem foi o autor dessa idéia?
HistóricoESTABELECIDOS NO BRASIL POR DECRETO desde 1931 (por Getúlio Vargas), ainda que de forma descontínua, suas origens na verdade remontam à Inglaterra do ano de 1907.Foi lá que um construtor londrino, membro da Sociedade Astronômica Real, chamado William Willett (1856-1915) deu início a uma campanha para diminuir o consumo de luz artificial ao mesmo tempo que estimulava o lazer dos britânicos.Num panfleto de 1907 intitulado "Waste of Daylight" (Desperdício de Luz Diurna) Willett propôs avançar os relógios em 20 minutos nos domingos do mês de abril e retardá-los a mesma quantidade nos domingos de setembro.As polêmicas surgiram ali mesmo. Especialmente entre os fazendeiros, que têm que acordar com o Sol não importa que horas marquem os relógios. Willett não viveu o suficiente para ver sua idéia colocada em prática. O primeiro pais a adotar o horário de verão acabou sendo a Alemanha, em 1916, seguido pela Inglaterra.
"Os deuses instilaram ansiedade no primeiro homem que descobriu como distinguir as horas."Titus Maccius Plautus (254-184 d.C.) Dramaturgo italiano
Era a Primeira Guerra Mundial. A economia de energia foi considerada um importante esforço de guerra, diminuindo o consumo de carvão, principal fonte de energia da época. A medida foi seguida por outros países europeus.Os Estados Unidos o adotaram em 1918 junto com seu sistema de fusos horários. Foi difícil, mas os americanos acabaram se acostumando. Hoje eles sabem as datas de começo e término com anos de antecedência.
Como funcionaO PRINCÍPIO DO HORÁRIO DE VERÃO continua o mesmo: adaptar nossas atividades diárias à luz do Sol. Nos meses de verão o Sol nasce antes que boa parte da população tenha iniciado seu ciclo de trabalho. Assim, se os relógios forem adiantados durante esse período, a luz do dia será melhor aproveitada e as pessoas passarão a consumir energia em melhor acordo com a luz solar.Hoje, aproximadamente 30 países utilizam o horário de verão em pelo menos parte de seu território. E muito embora o nome faça referência a uma estação do ano, as datas de início e fim do horário de verão não são definidas por critérios astronômicos.Boa parte das porções continentais do planeta está no hemisfério norte. Ali o inverno costuma ser rigoroso e o Sol se põe bem cedo, levantando-se timidamente durante o dia. No verão ocorre o contrário: é comum ainda haver claridade por volta das 20 ou até 22 horas. É por isso que nesses lugares o horário de verão faz muita diferença.
O HORÁRIO DE VERÃO é um recurso adotado tanto por paises do hemisfério Norte(de março a outubro) quanto do Hemisfério Sul (outubro a março). No Brasil, osrelógios são adiantados em 1 hora, mas isso pode variar de acordo com o país.
O Brasil é o ÚNICO PAÍS EQUATORIAL que adota o horário de verão
E o Brasil?NOS PAÍSES EQUATORIAIS (cortados pela linha do equador) e nos tropicais (situados entre o Trópico de Câncer e o Trópico de Capricórnio), a incidência da luz solar é mais uniforme durante todo o ano e dessa forma não há muita vantagem na adoção do horário de verão.No caso do Brasil – atualmente o único país equatorial do mundo que adota o horário de verão – a economia de energia elétrica não é considerada o fator predominante. Segundo o
Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a motivação de se estabelecer esse dispositivo no Brasil é pela segurança do sistema.Durante os meses do verão ocorre um aumento na demanda de energia, o que é particularmente percebido por volta das 18h, quando as pessoas retornam para seus lares e ligam luzes, chuveiros, condicionadores de ar, fornos, etc. Esse também é o horário em que a iluminação pública é acionada. O aumento brusco da demanda pode ter impacto negativo na estabilidade do sistema elétrico.Ao se adotar o horário de verão brasileiro ocorre um deslocamento na entrada da iluminação pública (devido à iluminação natural, ainda presente), que passa a não mais coincidir com a chegada das pessoas em casa após o trabalho. Por causa de fatores como este o aumento da demanda se dá de forma mais gradual, o que melhora a segurança do sistema, segundo o ONS.
UMA LEI SANCIONADA EM 2008 alterou o número de fusos horários brasileiros de quatro para três. Com a mudança, todo o estado do Pará ficou com a mesma hora do Distrito Federal, assim como todos os municípios do Amazonas e do Acre passaram a ficar somente uma hora atrás do fuso de Brasília.Acima, a imagem alterna entre os fusos brasileiros com e sem horário de verão na nova Lei.Fonte:
Divisão Serviço da Hora - DSHO
Economia só no SulVerifica-se uma economia de energia nos Estados da região Sul (até 5% de redução da demanda integrada durante o consumo de pico), porque essas localidades estão inteiramente ao sul do Trópico de Capricórnio.Porém, nos Estados da região Nordeste e, principalmente, da região Norte, a variação de luz solar anual é insignificante – o que não justifica a adoção do horário de verão nem mesmo para melhorar a segurança do sistema.Enquanto está em vigor (nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil) o único impacto no Norte e Nordeste do país é na programação das emissoras de televisão, que seguem o horário em vigor no Rio de Janeiro e São Paulo.Isso sem mencionar o fato de que, como as estações são opostas em cada hemisfério da Terra, nos quase 10% de terras brasileiras ao norte do equador, em vez de verão, rigorosamente falando, temos inverno (embora as temperaturas nesses locais permaneçam altas entre dezembro e março).
O horário de verão foi criado na Inglaterra,mas foi adotado primeiro na Alemanha.
Dia de 25 horasSEMPRE QUE COMEÇA UM HORÁRIO DE VERÃO, isto é, quando se subtrai uma hora do dia, adiantando os relógios em uma hora, causamos um desconforto físico (por afetar o relógio biológico) e psicológico (por causar a sensação de perda de tempo).Quando ele termina, ao contrário, temos essa hora que nos foi tomada de volta e a ilusão de um dia com 25 horas. É uma ilusão porque na verdade estamos apenas nos reajustando à natureza.Com o fim do horário de verão os fenômenos celestes (nascer o pôr-do-sol, por exemplo) voltam a coincidir com o horário “normal” – que se não serve para economizar ou garantir mais segurança ao sistema elétrico, pelo menos é aquele com o qual estamos acostumados há milhares de anos.

Alerta de Radiação



Torres de celular, de TV e FM provocam radiações perigosasCom a grande demanda por celular, cresce o número de torres de radiofreqüência nas cidades brasileiras sem que o país tenha legislação a respeitoUma das conseqüências do processo de privatização das telecomunicações está no crescimento fantástico do setor e, conseqüentemente, na proliferação de torres de telefonia celular nos municípios brasileiros. O assunto é tão novo que ainda não há estatísticas a respeito. Essas torres estão se somando às de TV e às de rádio FM, transformando a paisagem e o meio ambiente das pequenas, médias e grandes cidades. A maioria das pessoas assimila a presença delas como símbolo de conforto e tecnologia e desconhece os efeitos causados pelo novo "habitante". O setor mais do que cresce: atropela e expande numa velocidade incrível, sem que o Brasil possua legislação para regulamentar a instalação de torres de emissão de radiofreqüência. As pesquisas sobre os índices de radiação dos aparelhos de celular e das torres de radiofreqüência estão apenas começando.A presença delas significa conforto, modernidade e tecnologia para a comunicação entre as pessoas. Nesse sentido ninguém é contra a presença das torres de radiofreqüência na vizinhança. Acontece, porém, que a chegada das torres de celular também significa ter cuidados, que deveriam estar previstos em lei, diante dos altos riscos que representa conviver com elas. Os estudos sobre os efeitos da radiofreqüência no corpo humano e a definição dos índices aceitáveis para as torres e aparelhos celulares ainda são insipientes no Brasil. Não há nenhuma legislação em vigor, nem projeto de lei tramitando sobre o assunto no Congresso Nacional. A única medida preventiva que se tem notícia é uma portaria baixada pela Anatel em dezembro/99, que recomenda a adoção dos limites em vigor na Europa, mencionados na publicação " Guidelines for Limiting Exposure to Time-Varying Electric, Magnetic, and Electromagnetic Fields" (Health Physics, Vol. 74, nª 4, pp 494-522, 1998 - a tradução para o português dessa publicação foi feita pela Associação Brasileira de Compatibilidade Eletromagnética-Abricem, realizada pelo Grupo de Trabalho de Efeitos Biológico dessa entidade). Um consenso mundial sobre o índice tolerável de radiação para o corpo humano não está realmente definido. Atualmente, estudiosos concordam apenas que cada pessoa pode suportar a radiação que varia entre 9 e 40 volts/metro. Acima de 40 v/m todos concordam que é prejudicial à saúde. Várias dúvidas pairam sobre o tema, inclusive se a radiação tem efeito cumulativo no corpo humano. Primeiras ações trabalhistasNo Brasil, as primeiras ações trabalhistas decorrentes dos problemas de saúde causados pela radiação são da década de 70 e foram acionadas por técnicos da Telebrás, que trabalhavam próximos aos transmissores e antenas da companhia. Eles alegavam vários efeitos nocivos e seqüelas, e especialmente, impotência sexual. Desde então, iniciaram-se os estudos no país a respeito e, até hoje, pouco conclusivos. Segundo o professor da Universidade Federal da Bahia do curso de Engenharia de Telecomunicações, Roberto Costa e Silva, que leciona a disciplina Propagação de Sinais Elétricos e lida com o tema radiação desde 73, antes da privatização das empresas de telecomunicações, havia praticamente uma companhia telefônica nas cidades e o número de torres era estável. Depois da privatização, várias concessionárias de telefonia móvel e fixa passaram a responsabilizar-se pelos serviços de telecomunicações e o número de torres de telefonia celular disparou. "O brasileiro está tendo acesso ao celular, antes de ter sido atendido pela telefonia fixa. Ou seja, a telefonia celular está sendo usada como telefonia fixa no Brasil. Não há normas para a instalação de torres", explica. Além do problema referente à instalação das torres de celular, o professor também afirma que os aparelhos vendidos no mercado brasileiro não passam por uma avaliação adequada em termos de radiação. O aparelho analógico, por exemplo, é o mais poluente e tóxico. Já os digitais são menos radiativos e causam menos problemas à saúde. Um dos conselhos do professor para os usuários de celular é falar no máximo seis minutos, a cada ligação. "É o tempo médio para o corpo humano assimilar a radiação".A portaria baixada pela Anatel em dezembro/99 recomenda os índices europeus para radiação permitida às torres e aparelhos de celular. A partir de dezembro/2000 as concessionárias e fabricantes de celular vão ter que medir e informar os índices de radiação. As concessionárias terão de informá-los ao requerer o projeto de instalação das torres. Alguns municípios estão providenciando legislação municipal para disciplinar essa questão. Deve haver uma distância mínima entre residências, escolas, hospitais e as torres. "Certamente há registros em hospitais brasileiros de moradores vizinhos de torres de TV, FM e celular com problemas como dores de cabeça e náuseas", desafia o professor Costa e Silva.Investir em pesquisa científica sobre a emissão de radiofrequência visando definir os índices de tolerância à radiação brasileiros, é premente. Adquirir equipamentos para medi-los, urgente. É dificil obter a resposta exata em relação ao número de medidores de intensidade de radiação existentes no país. " A Unicamp possui um equipamento desses. A UFBA fêz um convênio com a concessionária Maxitel, que doará um equipamento de medição de intensidade de radiação para as pesquisas e em contrapartida faremos as medições", revela Roberto. Outra providência urgente é a elaboração e aprovação de uma legislação federal sobre o assunto. A regulamentação da colocação de torres de TV, FM e de celular deverá determinar limites, em termos de distância mínima, potência e frequência, em todo o país. "Senão cada município terá de fazer a sua legislação, o que significaria que a qualidade de vida seria diferente em cada cidade brasileira". Em 1991, foram instaladas as primeiras torres de celular no país, na cidade do Rio de Janeiro. Nos municípios de Maringá(PR), Porto Alegre e Campinas há legislação sobre o tema. O Brasil é considerado um dos campeões mundiais em uso de telefonia móvel. Os brasileiros precisam ser informados sobre os efeitos dos celulares. "Tecnologia é bom, mas é preciso saber usá-la", alerta o professor.Cuidados e conclusões básicas• Não coloque o aparelho celular no ouvido de bebês e crianças muito pequenas,• Fale durante 6 minutos, no máximo, a cada ligação;• Transfira a ligação do celular para o telefone fixo, sempre que possível;• Celulares digitais são menos tóxicos do que analógicos;• Dores de cabeça, náuseas, azia, problemas de vista e impotência sexual podem ser sintomas de exposição à radiação em excesso. Observe se há torres de TV, FM e de celular perto de sua casa. Consulte um neurologista;• A radiação em excesso afeta especialmente o sistema nervoso central e causa a perda da flexibilidade muscular;• Não aproxime o rosto do forno de microondas ao abri-lo;• Adote uma distância mínima equivalente ao dobro da largura do aparelho de TV, para assisti-la;• Não é aconselhável a instalação de torres de radiofrequência (TV, FM e celular) em shopping centers;• Escolas, creches, asilos e hospitais não devem ter torres de radiofrequência em suas imediações.Potência de radiação das torres (em média)Torres de TV - de 1 watt a 50 mil wattsTorres de FM - de 1 watt a 30 mil wattsTorres de celular - de 20 mil watts a 50 mil watts* As torres são definidas conforme o tamanho da cidade.* A distância média mínima de uma torre deve ser o equivalente a um raio de 50 metros. Telefones celularesum pouco da história e das normas O primeiro rádio de comunicação celular entrou em operação em 1928, nos Estados Unidos, e seu usuário foi a polícia de Nova York. O equipamento circulava pela cidade dentro de um porta-mala de um carro da polícia, que também contava com uma antena. Foi um sucesso. Em 1946, a telefonia móvel chegou aos cidadãos americanos, que podiam adquirir o sistema de comunicação móvel. As primeiras normas de proteção em relação à emissão de radiofreqüência no mundo foram implantadas na Europa e Estados Unidos, na década de 50. Dos anos 50 até 83, muitos modelos de telefones móveis instalados em carros foram produzidos e consumidos. O primeiro sistema de telefonia celular europeu data de 82, tendo sido a Espanha o primeiro país a fazê-lo. Só em 83, entrou em operação o primeiro sistema de telefonia celular - o "Amps", que ficou conhecido como analógico - nos Estados Unidos. As normas para a radiofrequência foram estendidas e aperfeiçoadas para as torres de telefonia celular e aparelhos celulares. O uso de massa dos celulares nos EUA tem apenas cinco anos. Hoje, são cerca de 95 milhões de aparelhos em operação. As normas atuais americanas determinam que, a partir de 2001, os fabricantes terão de trocar todo o invólucro e antenas dos aparelhos celulares disponíveis no mercado, para evitar os malefícios da radiação no corpo humano. Atualmente, o sistema TDMA-Time Division Multiplex Access é considerado menos agressivo ao meio ambiente e ao ser humano do que o CDMA-Code Division Multiplex Access, um sistema eminentemente militar.GlossárioRadiação - a emissão de ondas eletromagnéticas originadas por uma fonte, que pode ser o Sol ou uma torre de radiofrequência.Radioatividade - quando a radiação é ionizada, por meio de um procedimento artificial, provocando a alteração molecular da matéria e do meio, no qual ela se propaga.Potência - intensidade da radiação medida em Watts.Freqüência - medida da oscilação da radiação medida em hertz.ERB - estação rádio-base, são as torres de transmissão celular.[Autor: Desconhecido - Lido: 4557 Vezes - Categoria: Química

Sistema Terra-Lua








Sob certo ponto de vista, não é incorreto afirmar que o terceiro planeta a partir do Sol é duplo, isto é, são dois planetas girando em torno de um centro comum de gravidade. Mas ao mesmo tempo podemos dizer que a Lua é um satélite da Terra!O aparente paradoxo está na definição desses termos. Sempre que dois (ou mais) corpos celestes compartilham uma mesma órbita em torno do Sol chamamos o maior de planeta e o(s) outro(s) de satélite(s). Ainda que um deles seja só 1% maior que seu companheiro, teremos um planeta e um satélite.O termo “planeta duplo”, contudo, ainda não foi bem definido, mas também tem a ver com a massa dos objetos. Normalmente um satélite tem milhares, às vezes milhões de vezes menos massa que seu planeta. No sistema Terra-Lua a correlação de massa é 1/81 (isto é, a Lua tem 81 vezes menos massa que a Terra).A relação de massa entre Terra e Lua só perde para o sistema Plutão-Caronte, com 1/8 (os astrônomos geralmente concordam que Plutão e Caronte formam um sistema duplo). Porém, no nosso caso, o centro de gravidade do sistema fica no interior da Terra, ainda que não no centro do planeta (veja explicação a seguir), de forma que nem todos os astrônomos concordam com a classificação “planeta duplo” para Terra e Lua.É possível que a descoberta futura de planetas extra-solares com luas e parecidos com a Terra forcem a uma definição mais formal desse termo.
BaricentroSatélites proporcionalmente massivos forçam o planeta a girar em torno de um ponto denominado baricentro, que no caso do sistema Terra-Lua está localizado exatamente ao longo da linha que conecta o centro de massa da Terra com o centro de massa da Lua. A distância média entre esses centros é a distância Terra-Lua, ou seja, 384.405 quilômetros.A distância do centro da Terra ao baricentro é de 4.641 km. Perceba que a Lua não gira em volta do centro de massa da Terra (ou mesmo de um ponto próximo). Ambos, Terra e Lua, giram em torno do baricentro, situado a 1.737 quilômetros abaixo da superfície terrestre (veja a gravura acima).Se viajássemos numa nave espacial até uma certa distância veríamos Terra e Lua dançando como um par de bailarinos no espaço. Se fossemos ainda mais longe, de modo que toda a órbita terrestre pudesse ser contemplada, perceberíamos que a Terra não segue rigorosamente seu traçado orbital. Quem faz isso é o sistema Terra-Lua.
Mundos irmãosHÁ MUITAS OUTRAS COISAS CURIOSAS a respeito do sistema planetário do qual fazemos parte. A distância da Lua a Terra é de aproximadamente 60 raios terrestres, maior que a grande maioria dos satélites próximos.
Se a LUA estivesse IMÓVEL iria CAIR NA DIREÇÃO DO SOL e não da Terra
Conhecidas as massas e distâncias, é fácil calcular as atrações gravitacionais que o Sol e os planetas exercem. Fazendo isso você descobrirá, para seu espanto, que no caso da Lua a atração do Sol é 2,2 vezes maior que a exercida pela Terra. Isto significa que se a Lua estivesse imóvel, iria cair na direção do Sol e não da Terra!




A rotação da Lua em volta da Terra se dá num período de aproximadamente 27 dias. Seu percurso não é circular. A Lua ora fica mais perto, ora mais longe de nós, e algumas vezes está adiantada, outras vezes atrasada. No final acaba sempre mostrando a mesma face para a Terra, mas com uma pequena oscilação que nos permite ver um pouco mais que a metade, ou 59% da superfície lunar. É a chamada "libração óptica da Lua".
Se hoje ela gira em volta da Terra é porque já girava no passado – a Lua não é um corpo celeste capturado. Em termos de composição, origem e evolução, ela é semelhante a qualquer
planeta terrestre.






O que é Galáxia




Galáxia é um grande conjunto de bilhões de estrelas todas interagindo gravitacionalmente e orbitando ao redor de um centro comum. Todas as estrelas visíveis a olho nu (numa faixa esbranquiçada do céu) na superfície terrestre pertencem à Via Láctea. O Sol é apenas uma estrela dessa galáxia. Além de estrelas e planetas, as galáxias contêm cúmulos ou aglomerados estelares, hidrogênio atômico, hidrogênio molecular, moléculas compostas de hidrogênio, nitrogênio, carbono e silício, entre outros elementos, além de raios cósmicos.


CLASSIFICAÇÃO DAS GALÁXIAS
As galáxias apresentam uma grande variedade de formas. Algumas têm um perfil globular completo com um núcleo brilhante. Essas galáxias, chamadas elípticas, contêm uma grande população de estrelas velhas normalmente com pouco gás ou poeira e algumas estrelas de formação recente. As galáxias elípticas têm uma grande variedade de tamanhos, desde gigantes a anãs.

Ao contrário, as galáxias espirais têm a forma de discos achatados e contêm apenas algumas estrelas velhas e uma grande população de estrelas jovens, além de bastante gás, poeira e nuvens moleculares, isto é, o lugar de nascimento das estrelas.

Outras galáxias em forma de disco se denominam irregulares. Essas galáxias têm também grandes quantidades de gás, poeira e estrelas jovens, mas sua disposição não é em forma de espiral.

Os quasares são objetos que parecem estelares, mas seu grande deslocamento para o vermelho indica que são objetos situados a grandes distancias. Muitos astrônomos acreditam que os quasares são galáxias ativas cujos núcleos contêm gigantescos buracos negros.


DISTRIBUIÇÃO DAS GALÁXIAS
As galáxias costumam formar agrupamentos de tamanho pequeno e médio, que por sua vez formam grandes cúmulos ou aglomerados de galáxias. Nossa galáxia pertence a um pequeno agrupamento de aproximadamente 20 galáxias, que os astrônomos chamam de Grupo Local. A Via Láctea e a galáxia de Andrômeda são os dois membros maiores, com 100 bilhões a 200 bilhões de estrelas cada uma. As Nuvens de Magalhães são as duas galáxias mais próximas da Via Láctea. Visíveis a olho nu, foram descobertas pelo navegador Fernão de Magalhães na sua viagem de circunavegação.


AS GALÁXIAS E A MATÉRIA ESCURA
No final da década de 1990, dois grupos de astrônomos apresentaram a comprovação da descoberta que batizaram de galáxias fantasmas. Essas galáxias quase invisíveis apresentam uma fraca luminosidade e podem conter uma grande quantidade de matéria escura, o material misterioso que os cientistas acreditam constituir 90% da massa do universo. O grupo da Universidade do Havaí, em Honolulu, e o outro, do observatório australiano Mount Stromlo, examinaram mais de 40 galáxias com luminosidade bastante inferior à encontrada na maioria das galáxias já identificadas. Usaram, em seus telescópios, detectores eletrônicos especiais e ultra-sensíveis para estudar o movimento de algumas das estrelas de fraca luminosidade encontradas nessas galáxias. Os movimentos indicaram a força gravitacional de grande quantidade de matéria invisível. Outro grupo de pesquisadores, chefiado pelo astrônomo Michael Liu, da Universidade da Califórnia, em Berkeley, confirmou essas descobertas. Esse grupo usou o telescópio espacial Hubble para estudar a galáxia NGC 5907, que fica a 40 milhões de anos-luz da Terra. Em vez de encontrar cerca de 100 estrelas brilhantes como era esperado, quase não encontrou nenhuma, mas detectou a influência gravitacional de considerável matéria invisível. Os astrônomos acreditam que devem existir incontáveis galáxias no Universo que têm poucas ou nenhuma estrela e são invisíveis para os telescópios comuns. É possível que essas galáxias excedam em número e em peso as galáxias luminosas, e sejam, por esse motivo, responsáveis por grande parte da matéria escura no universo.

Quém é Galileu Galilei ?





Galileo Galilei (em português Galileu Galilei) nasceu em 15 de fevereiro de 1564, em Pisa, filho de Vincenzo Galilei, um músico alaudista conhecido por seus estudos sobre a teoria da música, e Giulia Ammannati de Pescia. Desde setembro de 1581 a 1585 estudou medicina na Universidade de Pisa, onde depois foi professor de matemática entre 1589 e 1592.

Em 1586 inventou a balança hidrostática para a determinação do peso específico dos corpos, e escreveu um trabalho La bilancetta, que só foi publicado após sua morte.

Em 1592 Galileu tornou-se professor de matemática na Universidade de Pádua, onde permaneceu por 18 anos, inventando em 1593 uma máquina para elevar água, uma bomba movimentada por cavalos, patenteada no ano seguinte. Em 1597 inventou uma régua de cálculo (sector), o "compasso geométrico-militar", um instrumento matemático com várias escalas.

Nesta época explicou que o período de um pêndulo não depende de sua amplitude, e propôs teorias dinâmicas que só poderiam ser observadas em condições ideais. Escreveu o Trattato di mechaniche, que só foi impresso na traduçao para o latim do padre Marino Mersenne, em 1634, em Paris.

Em 1604 observou a supernova de Kepler, apresentando em 1605 tres palestras públicas sobre o evento, mostrando que a impossibilidade de medir-se a paralaxe indica que a estrela está além da Lua, e que portanto mudanças ocorrem no céu. Nestas palestras, Galileo considera este evento uma prova da teoria heliocêntrica de Copérnico.

Em 1606 publica um pequeno trabalho, Le operazioni del compasso geometrico militare, e inventa o termoscópio, um termômetro primitivo.

Em maio de 1609 ele ouviu falar de um instrumento de olhar à distância que o holandês Hans Lipperhey havia construído, e mesmo sem nunca ter visto o aparelho, construiu sua primeira luneta em junho, com um aumento de 3 vezes. Galileo se deu conta da necessidade de fixar a luneta, ou telescópio como se chamaria mais tarde, para permitir que sua posição fosse registrada com exatidão. Até dezembro ele construiu vários outros, o mais potente com 30X, e faz uma série de observações da Lua, descobrindo que esta tem montanhas. De 7 a 15 de janeiro de 1610 descobre os satélites de Júpiter, publicando em latim, em 12 de março de 1610 o Siderius Nuncius (Mensagem Celeste) com as descobertas em abril do mesmo ano. Esta descoberta prova que, contrariamente ao sistema de Ptolomeu, existem corpos celestes que circundam outro corpo que não a Terra.

Em 8 de abril de 1610, Johannes Kepler recebe uma cópia do livro, com um pedido de Galileo por sua opinião. Em 19 de abril Kepler enviou-lhe um carta, em suporte às suas descobertas, publicada em Praga em maio como "Conversações com o Mensageiro Celeste" e depois em Florença. O suporte de Kepler foi importante porque publicações de Martin Horky, Lodovico delle Colombe, e Francesco Sizzi duvidavam das observações de Galileo. Kepler e os matemáticos do Colégio Romano eram reconhecidos como as autoridades científicas da época. O Colégio Romano foi fundado pelo Papa Gregório XIII, que estabeleceu o calendário gregoriano.

Já em julho, Galileo foi nomeado Primeiro Matemático da Universidade de Pisa, e Filósofo e Matemático do Grão Duque da Toscana. Ainda em dezembro Galileo verificou que Vênus apresenta fases como a Lua, tornando falso o sistema geocêntrico de Ptolomeu, e provando que Vênus orbita o Sol.

A confirmação oficial das descobertas galileanas foi dada pelos poderosos padres jesuítas do Colégio Romano, que observaram os satélites de Júpiter por dois meses, em uma conferência solene realizada no Colégio em maio de 1611, na presença de Galileo. Esta conferência foi intitulada Nuncius sidereus Collegii Romani, e apresentada pelo padre Odo van Maelcote.

Retornando a Florença, Galileo participou de reuniões no palácio do Grão Duque Cósimo II em que discutia-se sobre o fenômeno da flutuação e suas possíveis explicações; Galileo expôs e defendeu a tese de Arquimédes (Archimedes de Siracusa, ca. 287-ca. 212 aC), de que um corpo flutua pela diferença do pêso específico do corpo e da água, ao qual se alinhou o Cardeal Maffeo Barberini (o futuro Papa Urbano VIII). Outros, como o Cardeal Federico Gonzaga, defendiam a tese de Aristóteles, de que um corpo flutua porque dentro dele há o elemento aéreo, que tende a subir. Cósimo II propôs que os debatentes registrassem seus argumentos, e Galileo escreveu Discorso intorno alle cose che stanno in su l'acqua o che in quella si muovono, publicado em 1612. Em sua introdução havia referência aos satélites de Júpiter e às manchas solares. Em 1613 a Academia del Lincei publica Istoria e dimonstrazione intorno alle macchie solari e loro accidenti, comprese in tre lettere scritte all'ilustrissimo Signor Marco Velseri Linceo, Duumviro d'Augusta, Consigliero di Sua Maestà Cesarea, dal Signor Galileo Galilei, Nobil fiorentino, Filosofo e Matematico primario del Serenissimo D. Cosimo II Gran Duca di Toscana (História sobre as manchas solares), de Galileo, argumentando que a existência das manchas demonstrava a rotação do Sol.

Galileo havia juntado assim grande quantidade de evidências em favor da teoria heliocêntrica, e escrevia em italiano para difundir ao público a teoria de Copérnico. Isto chamou a atenção da Inquisição, que após um longo processo e o exâme do livro de Galileo sobre as manchas solares, lhe dá uma advertência, onde o Cardeal Bellarmino lê a sentença do Santo Ofício de 19 de fevereiro de 1616, proibindo-o de difundir as idéias heliocêntricas.

Em 5 de março de 1616 a Congregação do Índice colocou o Des Revolutionibus de Copérnico no Índice de livros proibidos pela Igreja Católica, junto com todos livros que defendem a teoria heliocêntrica. A razão da proibição é porque no Salmo 104:5 da Bíblia, está escrito: "Deus colocou a Terra em suas fundações, para que não se mova por todo o sempre", além de referências similares no livro de Joshua.

Galileo se dedicou então a medir os períodos dos satélites de Júpiter, com a intenção de difundir seu uso para medir-se longitudes no mar, mas o método nunca foi usado por ser pouco prático.

Em agosto de 1623 o Cardeal Maffeo Barberini, amigo e patrono de Galileo, foi eleito papa e assumiu com o nome de Urbano VIII. Em abril de 1624 Galileo teve seis audiências com o papa, e este o liberou a escrever sobre a teoria de Copérnico, desde que fosse tratada como uma hipótese matemática. Galileo inventou o microscópio em 1624, chamado por ele de occhialini.

Em abril de 1630, Galileo terminou seu Dialogo di Galileo Galilei Linceo, dove ne i congressi di quattro giornate si discorre sopra i due massimi sistemi del mondo, tolemaico e copernicano (Diálogo dos Dois Mundos), e o enviou ao Vaticano para liberação para publicação. Recebendo autorização para publicá-lo em Florença, o livro saiu da tipografia Tre Pesci (Três Peixes) em 21 de feveiro de 1632. Note que Galileo não incluiu o sistema de Tycho Brahe, em que os planetas giram em torno do Sol, mas este gira em torno da Terra, o sistema de compromisso aceito pelos jesuìtas. No Diálogo, Galileo refuta as objeções contra o movimento diário e anual da Terra, e mostra como o sistema de Copérnico explica os fenômenos celestes, principalmente as fases de Vênus. O livro é escrito não em latim, mas em italiano, e tem mais o caráter de uma obra pedagógico-filosófica do que estritamente científica. O papa, que enfrentava grande oposição política na época, enviou o caso para a Inquisição, que exige a presença de Galileo em Roma, para ser julgado por heresia. Apesar de ter sido publicado com as autorizações eclesiásticas prescritas, Galileo foi intimado a Roma, julgado e condenado por heresia em 1633. Em 22 de junho de 1633, em uma cerimômia formal no convento dos padres dominicanos de Santa Maria de Minerva, lida a sentença proibindo o Diálogo, e sentenciando seu autor ao cárcere, Galileo, aos setenta anos, renega suas conclusões de que a Terra não é o centro do Universo e imóvel. A sentença ao exílio foi depois convertida a aprisionamento em sua residência, em Arcetri, onde permaneceu até sua morte.

Apesar de praticamente cego, completa o Discorsi e dimonstrazioni matematiche intorno a due nuove scienze, attinenti alla meccanica e I movimenti locali (Discurso das Duas Novas Ciências, Mecânica e Dinâmica), contrabandeado para a Holanda pois Galileo havia sido também proibido de contato público e publicar novos livros. O livro foi publicado em Leiden em 1638, e trata das oscilações pendulares e suas leis, da coesão dos sólidos, do movimento uniforme, acelerado e uniformemente acelerado, e da forma parabólica da trajetórias percorrida pelos projéteis.


Faleceu em 8 de janeiro de 1642 em Arcetri, perto de Florença, e está enterrado na Igreja da Santa Cruz, em Florença. Apenas em 1822 foram retiradas do Índice de livros proibidos as obras de Copérnico, Kepler e Galileo, e em 1980, o Papa João Paulo II ordenou um re-exame do processo contra Galileo, o que eliminou os últimos vestígios de resistência, por parte da igreja Católica, à revolução Copernicana.

Eclipse



Resultado da passagem de um objeto celeste pela sombra de outro. Os nomes dos eclipses são dados de acordo com o corpo celeste cuja visão é bloqueada.
Eclipse Lunares: acontecem quando a Lua passa pela sombra da Terra. Este tipo de eclipse só acontece durante a Lua cheia, quando a Terra está entre o sol e a Lua. O eclipse não acontece toda vez que a lua está cheia porque o plano da órbita da Lua está numa inclinação de 5° em relação ao plano da eclíptica, portanto nem sempre a Lua passa pela sombra da Terra.Quando a Lua se posiciona na sombra da Terra acontece o eclipse total, que pode durar até 100 minutos, sendo que a Lua pode levar até duas horas para entrar e sair da sombra da Terra.
Eclipse Solares: acontece quando a Lua fica entre a Terra e o Sol,bloqueando a parte da luz solar. Como a Lua tem de estar entre a Terra e o Sol para que ocorra o eclipse solar, eles só acontece quando a lua é nova. Da mesma forma que eclipse lunares, os eclipse solares também não acontece todos os meses pois, devido à inclinação de 5° da órbita da Lua, a Terra , o Sol e a Lua nem sempre estão alinhados quando há uma lua seu apogeu (ponto mais distante de sua órbita) e parece muito pequena para cobrir completamente o Sol, há formação de um anel brilhante (annulus) de luz ao redor da Lua. Quando a Lua está próxima ou totalmente em seu perigeu (ponto mais próximo de sua órbita) ocorre o eclipse total. Quando mais longe a Terra estiver do Sol, mais longo será o eclipse total. As camadas externas do Sol só podem ser vistas durante os eclipse totais, já que em outros períodos elas são ofuscadas pelas camadas vizinhas.